Palavras soltas ao vento: E será que o amor é justo?

Ainda lembro do dia em que você bateu a porta, saiu gritando como se nada mais importasse. Eu gostaria mesmo que soubesse que quando saiu da minha vida levou uma parte de mim com você. Talvez não grande parte, talvez algo bem pequeno mas que me faz falta. Nos dias ensolarados quando o brilho perde a graça, nas noite chuvosas onde eu desejo o seu abraço pra me esquentar. Não pense que faço isso por querer, minha vontade mesmo era de te jogar pra fora do meu peito, mas é como se não houvesse controle sobre isso. Eu desejo que você me ligue só pra eu ouvir o som da sua risada outra vez, eu desejo que você bata na porta nem que seja pra pedir xícara de açúcar, não queria mas desejo. Aí quando eu acho que as coisas estão se resolvendo, que toda neura de um amor mau resolvido está indo embora, você decide voltar. Com aquela sua cara de pau que sempre me tirou do sério e com o seu cheiro de menta que sempre me fez perder o rumo. Aí a perna fica bamba, a cabeça de ponta cabeça e o coração acelera num descompasso que não há nota musical que explique. E tudo volta a ser como era desde o dia em que você decidiu que não queria mais tentar. Talvez eu devesse te atirar pela janela, talvez devesse te sequestrar, mas qualquer uma das opções me levaria direto pra cadeia. A verdade é que o que bate no meu peito é amor, talvez uma paixão súbita disfarçada de amor, mas é o suficiente pra me tirar o sono. Depois de uma conversa jogada fora você vira as costas e segue seu caminho, como se não devesse nada pra mim, como se não tivesse nada que me pertencesse e eu continuo aqui, com meio coração na garganta e uma porrada de dúvidas na mente. Penso que isso não é justo, mas você deveria saber que amor e justiça nunca andaram juntos. – Por: Rebeca Chaves

Escrevo sobre mim, sobre os outros, sobre meus sentimentos e sentimentos alheios. Escrevo não só pro mundo mas pra mim, pra me convencer que a vida ainda tem salvação.

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